Segunda, 28 Novembro 2011
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A Secretaria de Justiça do Espírito Santo, autorizou aulas de artes marciais para detentos do presídio de Xuri, alegando que faz parte do processo de ressocialização.
Algumas pessoas, alegam que se trata de técnica de relaxamento e disciplina, entretanto, o que assistimos foi um treinamento árduo, de técnicas de defesa e ataque, capacitando o preso para reações, tanto, contra outros grupos de presos, ou contra os Agentes Penitenciários que sequer, andam armados e/ou possuam treinamento em defesa pessoal, condizente ou em condições de defesa para com esses presos que estão sendo treinados.
Vejam nossa entrevista sobre esse fato, que foi ao ar pela TV Vitória nos dias 28 e 29 de novembro de 2011, e tirem suas próprias conclusões. O Estado deveria usar esse dinheiro para melhor capacitar seus agentes, permitindo o aprendizado de técnicas de imobilização para evitar uso de qualquer tipo de agressão por parte dos presos, contra outros os presos, e também contra os Agentes quando necessário a intervenção em conflitos.
Resumindo:
Sempre me impressionei com as ideias que surgem no sistema prisional, mas confesso que, quando soube que a Secretaria de Justiça está ministrando aulas de artes marciais para detentos no Presídio de Xuri, aqui em Vila Velha, ES, fiquei com um pé atrás. A justificativa oficial é que isso faz parte do processo de ressocialização, ajudando os presos a canalizar energia e se reintegrarem à sociedade. Mas, depois de assistir à minha entrevista, que foi ao ar pela TV Vitória nos dias 28 e 29 de novembro de 2011, convido você a tirar suas próprias conclusões.
Naquela época, eu já questionava se o Estado da época estava realmente usando o dinheiro público da melhor forma. Será que investir em aulas de artes marciais – como jiu-jitsu ou karatê – para detentos é a solução ideal? Não me entendam mal: acho válido pensar em atividades que transformam vidas e diminuem a violência dentro dos presídios. Mas, na minha opinião, o governo deveria priorizar o treinamento dos agentes penitenciários. Imagine se eles fossem capacitados em técnicas de imobilização avançadas – algo não letal, mas eficiente pra conter situações sem exigir armas ou força desproporcional. Isso não só protegeria os agentes, como também os próprios detentos, criando um ambiente mais seguro para todos.
O que me preocupa é o risco dessas aulas, em vez de ressocializar, acabem virando uma ferramenta de poder dentro do presídio. Já vi histórias de aprendizagem usando habilidades físicas para dominar outros ou até pra se preparar para algo fora das notas. Será que o programa está sendo bem monitorado? E o custo disso tudo – será que não seria mais sensato investir em qualificação pessoal, com atualização digna e treinamento adequado, do que em atividades que podem ter resultados duvidosos?
Se você quiser se aprofundar nesse debate, recomendo dar uma olhada nas reportagens da época no site da TV Vitória (tvgazeta.com.br) ou nas análises mais atuais do G1 (g1.globo.com) sobre ressocialização no Brasil. O Conjur (conjur.com.br) também tem artigos legais sobre políticas prisionais e direitos humanos, que ajudam a entender o contexto. São leituras que abrem a cabeça e nos fazem refletir se o caminho que o Estado escolheu é mesmo o certo.
Lista de Links das Fontes:
- TV Gazeta (TV Vitória) : https://www.tvgazeta.com.br
(Reportagens sobre o Presídio de Xuri e programas de 2011.) - G1 : https://g1.globo.com
(Análises atuais sobre ressocialização e políticas prisionais no Brasil.) - Conjur : https://www.conjur.com.br
(Artigos jurídicos e debates sobre direitos humanos e sistema prisional.)
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