Por: Jorge Aragão – Reaction News – 22 de junho de 2025
Mais cedo, assisti ao vídeo do senador americano Bernie Sanders e me senti motivado a compartilhar algumas reflexões sobre o tema. Em tempos de polarização e discursos simplificados, olhar para conflitos com profundidade, responsabilidade e consciência histórica não é apenas necessário — é um dever.
É legítimo que parlamentares em democracias questionem decisões estratégicas, inclusive de aliados como Israel. No entanto, quando um conflito é medido apenas pelo número de mortos, corre-se o risco de ignorar o contexto, a origem dos ataques e, pior, inverter as responsabilidades envolvidas.
Israel tem não apenas o direito, mas o dever de se defender. O ataque coordenado com mísseis e drones promovido pelo Irã configura uma agressão direta e deliberada. Vale lembrar que o regime iraniano financia grupos como o Hezbollah, o Hamas e os Houthis, todos envolvidos em atentados contra civis inocentes ao redor do mundo. A resposta israelense, nesse cenário, é legítima, proporcional e baseada no princípio da autodefesa soberana.
O golpe de 1953 no Irã, citado por Sanders, é um marco histórico relevante. Mas usar esse episódio para justificar a conduta atual de um regime teocrático que oprime mulheres, persegue minorias e silencia opositores, é anacrônico e desonesto. O Irã de hoje não busca apenas proteção — busca hegemonia regional, utilizando milícias como ferramentas de influência, desestabilização e intimidação.
Permitir que esse mesmo regime avance em seu programa nuclear seria um erro estratégico de proporções irreparáveis. Ignorar esse risco é repetir o mesmo tipo de apatia que precedeu tragédias históricas — como a ascensão do nazismo e a proliferação nuclear da Coreia do Norte.
A aliança entre os Estados Unidos e Israel não é apenas política, é civilizacional. Baseia-se em valores democráticos, interesses estratégicos e defesa mútua da liberdade. Enfraquecer essa aliança é um presente aos inimigos da paz.
O debate é bem-vindo. Mas que seja feito com lucidez, responsabilidade e visão de longo prazo. Em um mundo cada vez mais instável, silenciar ou hesitar diante do terrorismo não é neutralidade — é conivência.
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