1. Introdução
Nos últimos anos, a China acelerou o desenvolvimento de sistemas aéreos não tripulados (UAVs) com capacidade para operar em enxames coordenados por inteligência artificial. O vídeo viral que mostra um protótipo de “drone mothership” chinês não é mera ficção — representa a vanguarda de uma nova era de conflito em que sistemas robóticos devem superar a defesa tradicional.
2. O Drone “Porta-Drones”: Jiu Tian
- Alcance excepcional: Até 7 000 km sem reabastecer.
- Capacidade de carga: Suporta e lança até 100 micro-UAVs em voo.
- Status: Testes iniciais previstos para junho de 2025.
Com alcance intercontinental, o Jiu Tian (Grão-Céu) amplia o raio de ação dos enxames, permitindo ataques de saturação ou reconhecimento profundo além das defesas inimigas.
3. Micro-Drones em Enxame
- Tamanho reduzido: Variam de 25 cm a 40 cm.
- Autonomia: 30–60 minutos de voo.
- Aplicações: Espionagem tática, ataques de precisão e perturbação de redes de comunicação.
Laboratórios chineses e russos já testam microssistemas capazes de operar em grupos de dezenas de unidades, guiados por IA distribuída que ajusta rotas em tempo real.
4. UCAV de Apoio: Feihong FH-97A
- Função: Escoltar caças furtivos, suprimir defesas antiaéreas e executar missões de loitering munitions.
- Armamento: Mísseis ar-ar e munições loitering de médio alcance.
- Stealth parcial: Revestimento e design para reduzir assinatura radar.
Desenvolvido para atuar em conjunto com aeronaves tripuladas, o FH-97A reforça a tática de “homem-máquina” e projeta poder sem expor pilotos.
5. Cenário Global e Desafios de Defesa
Segundo relatório do Financial Times, os investimentos em drones e IA militar cresceram 300% desde 2022, impulsionados pela guerra na Ucrânia. Startups disruptivas competem com gigantes de defesa tradicionais, acelerando a adoção de contramedidas como:
- Sistemas anti-drone baseados em laser
- Armas de frequência disruptiva (EMP portátil)
- Rede de sensores integrados para detecção precoce
6. Implicações para o Brasil
O avanço chinês exige que as Forças Armadas brasileiras:
- Revisem suas doutrinas de defesa aérea, incluindo testes de neutralização de enxames.
- Fortaleçam a indústria local (ex: Avibrás, Embraer) para desenvolver soluções complementares.
- Integram treinamento com simulações de IA para táticas híbridas e de contra-enxame.
7. Conclusão
Os drones de enxame não são mais cenários de livros de ficção. Com sistemas já em testes avançados, eles prometem redefinir o poder militar e impor novos desafios táticos e éticos. Para manter sua soberania, o Brasil precisa acompanhar essas inovações, investir em pesquisa e estabelecer políticas de segurança adequadas.
Assista ao video desse DRONE CHINÊS.
Créditos: Por Reaction News | www.reactionnews.com.br
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