
No cenário internacional, sanções econômicas e embargos comerciais têm se consolidado como instrumentos poderosos de pressão política. Utilizadas por países ou blocos, como os Estados Unidos e a União Europeia, essas medidas visam forçar mudanças de comportamento em nações consideradas desafiadoras da ordem global. Exemplos recentes incluem as sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia e as restrições de longa data contra o Irã por seu programa nuclear.
Embora essas ações sejam justificadas como formas de promover a paz e a segurança, seus impactos vão além dos governos-alvo, atingindo mais diretamente a população civil. A escassez de produtos essenciais, a desvalorização de moedas locais e o aumento do desemprego são consequências frequentes, que podem agravar crises internacionais e humanitárias. No caso da Rússia, por exemplo, as sanções afetaram setores estratégicos, como energia e finanças, mas também limitaram o acesso de cidadãos comuns a bens e serviços globais.
Além disso, as sanções têm gerado debates sobre sua eficácia real. Enquanto alguns argumentam que elas são necessárias para conter ações agressivas, outros questionam se não acabam por fortalecer regimes autoritários, que usam a narrativa de “inimigo externo” para consolidar o poder internamente.
No mundo multipolar de hoje, onde alianças e rivalidades são cada vez mais complexas, o uso de sanções e embargos continuará a ser uma ferramenta controversa, mas central, na geopolítica. Seu impacto, no entanto, deve ser cuidadosamente avaliado, para que os custos humanos não superem os benefícios políticos.
Sanções são mais eficazes do que o texto sugere
Concordo que sanções têm custos, mas discordo que sejam ineficazes ou contraproducentes como o texto sugere.
Há evidências históricas de que elas podem alcançar objetivos específicos quando bem planejadas. Por exemplo, as sanções ao apartheid na África do Sul nos anos 1980 contribuíram para pressionar o regime a negociar e, eventualmente, acabar com o sistema segregacionista.
No caso da Rússia, as sanções desde 2022 enfraqueceram sua economia (queda no PIB, saída de empresas ocidentais, dificuldades no setor energético) e limitaram sua capacidade de financiar a guerra na Ucrânia a longo prazo. Isso mostra que, mesmo que o impacto imediato seja parcial, elas têm um efeito estratégico.
“Embora o texto questione a eficácia, os números mostram que sanções bem direcionadas podem sim alterar o cálculo de líderes, desde que aplicadas com consistência e apoio internacional.”
Sanções não são perfeitas, mas são uma ferramenta essencial num mundo onde a força bruta não é opção e a diplomacia sozinha não basta. Seus custos são reais, mas o custo de não usá-las seria ainda maior.
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